Defenda Ordon!

Aldeia Ordon - Província Ordon - 1356 da Segunda Era

Com a liberação da Rota de Faron, o movimento mercante retornou para as florestas do sul, mas junto com ele, uma invasão Bokoblin almeja a Aldeia de Ordon! As tropas do reino estão numa missão em Snowpeak e nunca chegarão a tempo para defender Ordon, a menos que alguem contenha os Bokoblin, assim as tropas reais poderão chegar e defender a província de Faron.
O objetivo é chegar até a aldeia de Ordon e impedir o avanço das tribos Bokoblin junto com a força de resistencia local, um misto de guerreiros de Woodside e da própria aldeia. Se for mantido 1 dia a defesa, as tropas de Hyrule poderão chegar aos campos de Faron a tempo, mas se for possível resistir por 2 dias, a defesa alcançará a província atual.
Caso a defesa passe de 1 dia sem maiores baixas, ela continuará. Com dois dias de combate, a experiência ganha será 150exp.

Participantes: Midnite, Jino, Endrance, Dwar, Skadd, Eáráne

Após algum tempo de viagem, ela finalmente fez seu caminho até a aldeia de ordon onde árvores largas crescem aparte dos pinheiros da província vizinha. Uma paisagem nova para Midnite, com folhas rosas e verde-claras, pequenas fazendas de trigo dourado e casas num estilo antigo e redondo, como eram todas as casas na eras anteriores. O tempo parecia não ter tocado aquela aldeia.
Diferente de Woodside, Ordon dispunha de poucas casas e amplos espaços aberto entre elas. Não havia uma rua definida, apenas um caminho que ia de norte a sul pela aldeia, acabando numa colina.
Logo no início uma pequena loja vendia mantimentos por baixos preços de 5 a 15 rupees enquanto que a maioria das outras casas eram apenas residências.
Crianças corriam pelo campo, despreocupadas do que estaria por vir.
Ao sul da aldeia, uma alta casa mostrava ser a residência do chefe local, um equivalente a prefeito, que passaria o título a quem ele escolhesse.
Na porta, um homem de não mais que 40 anos, alto, careca e um pouco acima do peso passava a mão num bigode em forma de presas de javali enquanto fumava um cachimbo de cheiro de leite.
— Olá visitante. Está a turismo ou venho nos ajudar com a defesa? — Midnite não entendeu a princípio a calmaria do chefe até que visse uma ou duas dúzias de pessoas armadas descerem a colina.
Vários hylians com espadas e lanças. Alguns ordonianos de espada e escudo. Dois zoras de lanças e um quarteto de gorons desarmados que falavam com uma mulher estranha. Ela não parecia ser nem hylian nem ordoniana, mas não era outra raça. Isso porque Midnite nunca vira uma Terminan em sua frente.
Alguns outros guerreiros vinham atrás, mas ela não podia ver detalhadamente.
— Vejo que não teremos muitos problemas. Há quase um pequeno exército aqui.
— Exército? Ahahaha! — Ironizaram alguns hylians próximos. No Twilight, haviam poucos exércitos, e todos não eram maiores que trinta habilidosos soldados ou guardiães reais.
— É ótimo ver mais corajosos guerreiros reunirem-se para mostrar o verdadeiro poder de Hyrule. Aqueles soldados inúteis... — Ele guardou o fumo e apagou o cachimbo, pondo-se de pé. Avistava ao longe alguma movimentação. — Sou Bo, o chefe dessa aldeia. Está vindo mais quantos?

Endrance, por sorte, ao sair de castletown, recebeu carona de um casal de Hylians que iam à Faron, chegando lá, recebeu os cumprimentos de vários Hylians ainda agradecidos por salvar sua aldeia da ameaça Baba, mas não ficou mais do que meia hora e logo prosseguiu sua viagem agora pela Rota que ligava Faron diretamente a Ordon, era um caminho longo, mas sem obstáculos, mal conseguia imaginar que algumas semanas atrás esse caminho estava infestado de Deku-Babas.

Em algum tempo o Twili chegou a Ordon, um cenário totalmente novo, uma paisagem mais viva e alegre, crianças brincavam por toda a aldeia, alguns soldados nos poucos postos de observação, nem mesmo parecia que haveria uma invasão, atravessando a Aldeia, observou varios soldados, um pouco mais adiante varias barracas e tendas, onde provavelmente estariam os mantimentos e armas para a futura invasão, perto de uma tenda, dois Ordonianos provavelmente davam instruções ou algo assim a umas duas duzias de soldados, entre eles Hylians, Zoras, Gorons e mais Ordonianos.


— Alto lá, visitante! — Disse um Ordoniano de meia idade, próximo de uma das tendas. — Você veio para protejer nossa Aldeia?

— Sim, mas isso parece mais um acampamento militar para uma grande Guerra.

— Há rumores de centenas de Bokoblins na floresta, não podemos arriscar. — Disse o segundo Ordoniano.

— Bom, se apresse, deixe seu manto naquela tenda de lá, vou partir agora com alguns homens para uma inspeção.

—... Não, tive uma longa viagem de Castletown para cá, vou descansar um pouco, quero estar preparado quando a invasão começar.

Jino alcançou a aldeia por uma pequena trilha vinda de Woodside, uma vez que ele passou um bom tempo por lá, explorando as redondezas.
Teria chegado dois dias antes em Ordon, mas acabou por visitar a fonte de Faron e o encontro com Orite, um guia conhecido na sua primeira missão, fizeram a nova esperar.
Ainda assim, chegara na madrugada daquele dia e apenas andou pelas redondezas. Ouvira o boato de que os guerreiros fariam uma inspeção dentro da floresta ao sul para mapear os Bokoblin, e então tentou alcançá-los. Sem sucesso.
Na volta já era meio de tarde e tendas estavam prontas no rancho local.
— Olá, chefe. — Jino acenou para Bo, que retribuiu o cumprimento. — Essas barracas são para dormir?
— Sim, guerreiro zora. Um batedor disse que os Bokoblin ainda estão longe. Mais do que esperava. Seus números são grandes também.
— Pode ser, mas somos mais experientes e os ordonianos conhecem o local, presumo. — Bo confirmou com um sorriso e uma estufada de peito, pois também era um ordoniano. Jino olhou para o lado e reconheceu os Twilis.
— Mais uma vez juntos, meus caros. Ah! Tive uma idéia. — Ele passou a mão em sua sacola de rupees e sentiu algo. — Que tal uma aposta?

Com um barulho baixo e um leve tremor para aqueles que tivessem bons sentidos, uma rocha redonda entrou na aldeia rolando pela trilha abaixo até onde os guerreiros passavam. Vozes gritaram "goron rolando" e vários gritos foram ouvidos. Mas o chefe Bo apenas ajeitou as estranhas calças ordonianas e se posicionou na frente do goron desenfreado.
Numa posição de sumô, esticou os braços no último segundo, agarrando os ombros de Dwar, para após um bom esforço, jogá-lo ao lado, com um grito de fúria. — Hyaaa! — Um estrondo se seguiu com o goron desabando ao chão. Sua pele bronze estava vermelha e gotas lhe escorriam pela testa e outras partes do corpo rochoso.
Ele tentou se levantar mas não conseguiu e apenas desmaiou.
Um hylian exclamou se não havia morrido, quando um dos gorons próximos veio correndo ao resgate do semelhante.
— Cuidado! Fiquem afastados. Este goron está Bêbado!

Midnite sorriu para o zora. Tinha ainda vários rupees mas geralmente evitava apostas: sua sorte era inimiga dos demais que apostavam com ela.

— "Depende do que vamos apostar?"

Enquanto isso, um jovem de cavalo, talvez o único no local, apareceu num galope um pouco apressado. Sua voz saiu doce e forte para o chefe Bo.

— "Os bokoblin começaram a se mover perto do meio-dia."

Bo pensou um instante e chamou um dos hylians pela palavra "capitão".

— "Muito bem, Link. Volte e fique de olho nas proximidades."

O jovem concordou e partiu num galope mais calmo.
Ao tempo que o batedor saiu da aldeia, um hylian de armadura entalhada com prata no peitoral e nos ombros chegou até Bo, que lhe reportou a notícia:

— "Eles desarmaram acampamento pelo meio-dia."

— "Então se a floresta é tão fechada quanto diz, só devem chegar aqui um pouco antes da alvorada."

Ele olhou para o leste e viu algumas montanhas cobertas por floresta.

— "Eles devem conhecer Ordon. Aqueles montes bloquearão o sol por um tempo e a luta começará no escuro ainda."

Este prestava atenção na estratégia que os 'generais' faziam, pensou que poderia dar alguam sugestão, mas nenhuam idéia lhe veio a cabeça, encontrou-se com Midnite e Jino, já havia notado a chegada no Goron, mas ainda não tinha visto o Sheikah, talvez este já estivesse em um dos grupos de inspeção.

— Será que eles não me emprestariam um arco? Eu vi tantos por ali... — Disse ainda insatisfeito com sua perícia com seu florete.

— Preparem as armas, hoje, a noite será agitada. — Disse Bo para alguns Hylians que cuidavam das armas.

Dito isso alguns tambores começaram a tocar, bem de longe, não muito ritimados, talvez um ritual dos Bokoblins ou algo assim para a batalha que viria, algumas das crianças da vila interpretaram isso como um festival que viria a começar.

— Tambores não me trazem boas lembranças... — Comentava sobre os acontecimentos no templo da floresta.

— Seja lá o que esses Bokoblins estejam tramando isso não é bom... — Comentou um dos Hylians.

Todos pareciam agitados com o que viria, agitados e nervosos, mas sem muitas novidades a mais o tempo foi passando e a hora da luta também.

Já quase noite o sheikah chegou e passou alguns minutos procurando alguem conhecido, até que visse o goron Dwar e outros da sua raça. Apenas acenou para ele.
Mais a frente, Midnite estava parada junto a Jino e um ordoniano. Ao longe, Endrance olhava atencioso para os equipamentos dos demais guerreiros.
Skadd pensava consigo mesmo sobre o estado das tropas. Estavam muito bem organizadas. Pelo que conhecia os Bokoblin, não eram criaturas mais perigosas que os maiores povos de Hyrule.

— Diria que estão superestimando nossos invasores.

Skadd foi pego de surpresa com um "com licença" de uma voz estranhamente familiar. Era uma hylian de aparência elegante e ares superiores, mas que se mostrava comum à causa que todos ali também estavam.
— Por enquanto sim. Quando a luta realmente começar, todos iremos até o rancho no final da trilha, que é por onde os Bokoblin parecem que vão invadir. Mas ouvi dizer que só será amanhã.
Ele pensou na palavra exército. Não se lembrava de ver soldados de verdade lutando, mas também nunca alguma luta em escala maior do que poucas dezenas.
— Você não me é estranha... Já devo ter ouvido sua voz em algum lugar antes. Sou Skadd.
Então estendeu sua mão envolta por faixas de pano leve mas resistente, como é de costume Sheikah.

Já não se via mais o Sol, mas ainda não estava totalmente escuro, todas as crianças que populavam as ruas já estavam em suas casas, as ruas agora estavam praticamente desertas se não fossem por alguns guardas fazendo uma ronda, logo, todos os soldados convocados estavam presentes, em grupos se 7 pessoas, 1 capitão e mais 6 soldados, os capitães davam as ordens a seus 'subordinados' conforme haviam recebido as ordens de Bo.

Um dos grupos, não destacado entre os outros era composto por um Goron, um Zora, dois Hylians, e três Hylians esquisitos, conforme o diziam entre os outros grupos, um dos hylians era o capitão desse grupo, comprimentava seus subordinados encorajando-os.

— Dwar, Jino, Skadd, Eáráne, Midnite e Endrance, estou certo? Meu nome é Link e durante as próximas horas serei seu capitão, segundo informações, logo o ataque dos Bokoblins se iniciará, nossa missão é proteger Ordon até que os reforços cheguem, por isso, não vamos nos adentrar na floresta, vamos ficar nas extremidades da aldeia protegendo-a.


Era algo do gênero que todos os capitães diziam a seus grupos, com o escurecer a tensão ia aumentando, mas todos os soldados permeneceram lá, aguardando o ataque dos Bokoblins.

Provavelmente já passava de meia noite e nenhum sinal de Bokoblins

Seus olhos se reviraram lentamente, onde a expressão de interesse se transformou, claramente, em uma de desgosto. Estava claro que o Sheikah reconhecia sua voz pelo fato dela ser da família real. E, o fato dele reconhecer e tocar naquele assunto, nada a agradou. Mesmo assim, ela não queria se mostrar tão mal-educada logo de primeira vista, ainda mais para um companheiro – Ao menos, ele parecia um companheiro. Estendeu a mão sem muito entusiasmo, ainda assim, cumprimentando-o.
— Você deve estar enganado. Sou Eáráne.
Ela contornou a situação, falando um tanto rápido, mentindo. Mas, logo, os dois foram interrompidos pelas falas daquele que se denominou Link, aquele que seria o capitão do grupo. Eáráne não conseguiu distinguir muito de quem os nomes eram, apenas o de Skadd, que havia acabado de se apresentar, e de Midnite, a única mulher, além dela própria, que estava ali. A cabeça dela balançou, lentamente, assentindo em silêncio.

Quando Jino se deu conta, já estava bem escuro e ali estavam eles todos, reunidos desde a ultima missão. Havia uma nova hylian junto também. Seu nome era um tanto difícil de se falar. Jino sabia que ia ter que se acostumar de algum modo, como também fizera com seu sobrenome.
Eles foram organizados em um grupo de sete. Um bom número para se dividir os contados 70 guerreiros.
Havia um grupo em cada ponto extremo da aldeia. Próximo a suas localizações, duas ou três barracas eram iluminadas por alguma lamparina.
As casas já estavam fechadas, mas os ordonianos não demonstravam medo ou preocupação. Isso se podia ver no rosto do capitão Link, que se contentava apenas em pentear sua égua, que chamava de Epona.
"Não entrar na floresta...?"
Jino estava um tanto irrequieto. Não concordava com o fato de estar na sua primeira "quase guerra" e ter que apenas "esperar o inevitável confronto".

— Já organizaram os turnos? Um amigo meu estará de olho no alto daquela casa. — Bo apontou para uma espécie de torreão encima de sua casa que dava uma boa visão das redondezas. Em seu topo, um vulto parecia estender o braço aos céus, de onde uma águia apareceu e pousou. — Então podem deixar apenas um de vocês acordado de hora em hora.
Assim veio o chefe Bo dizendo de grupo em grupo, até que chegasse ao grupo de Jino.
— Eu serei o primeiro. Não estou nem um pouco cansado mesmo.
— Muito bem. Boa sorte quando tudo começar.

— Eu serei a terceira. Duas horas de sono me parecem boas antes de lutar um pouco. — Disse a twili, enquanto espreguiçava com as mãos passando por cima dos ombros, forçando um sono passageiro.

- - -

Assim a noite prosseguiu até chegar ao turno de Midnite, mas ela não foi acordada pelo capitão do grupo, que era o segundo na ordem de vigia, mas sim por um grito abafado de algum hylian.
Poucos ouviram o barulho, rapidamente contido por alguma coisa dolorosa, que pensar-se-ia uma clava ou martelo.
Midnite levantou-se bruscamente. Estava fora da barraca e a escuridão prevalecia numa noite onde as nuvens eram mais escuras ainda, e não se via estrelas ou a sombra da lua escondida.
Com ela, o capitão se assustou e olhou ao redor. Sua boca entreaberta revelava que também ouvira o grito.
— O que foi isso? Não era um sonho. — Midnite conferia sua cimitarra ao seu lado, ao tempo que procurava com as mãos ao chão pela fivela do cinto.
— Fora um grito. — Ele apontou ao leste, onde um zora se levantou do tronco onde descansava. O vigia no alto do torreão não era nada além de um vulto deitado logo abaixo, dormindo profundamente. — Pegue a lamparina e venha junto.
Midnite pegou uma lamparina na entrada da tenda e a acendeu, se pondo de pé em seguida. A luz pareceu ter acordado alguem que dormia dentro da tenda e o goron, amontoado na forma de uma rocha, também se ergueu. Não estava mais bêbado.
Passos afrente, a lamparina foi arremessada pelas mãos de Midnite, não porque ela queria, mas porque um golpe acertou-a, e a lamparina foi sua defesa instantânea.
Ali, a sua frente, três bokoblins pisavam por cima de um corpo morto caido entre arbustos e avançavam contra a twili e seu capitão.
Próximo de cada tenda, mais bokoblins pulavam da mata próxima e corriam. Poucos vigias sequer deram o grito de alarme.
— Ataque!!! — Gritou Midnite, enquanto sacava sua cimitarra, acompanhada de Link. Outras vozes continuaram o alerta — Começou!

Jino se pôs de pé. Não percebera, mas estava dormindo encostado na barraca. O sono o teria alcançado por completo, não fosse os gritos de alerta.
Ao levantar a cabeça, viu alguns vultos se moverem no escuro. Seus olhos não estavam acostumados à noite sem luz e a movimentos distantes.
Tateou os punhais e os deixou em mão.
Pensou em correr na direção de uma tenda próxima, mas se lembrou que deveria proteger o seu próprio perímetro antes de dar auxílio, ou seria pego por trás.
— Mas que péssima hora pra lutar!
Decidiu tomar um pouco de água antes de continuar, mas não encontrou o cantil. Só lhe restava o orvalho das plantas durante a madrugada para se refrescar.
— Alguém pode me dar uma luz!?!

Batalha iniciada, embora nem todos estivessem prontos para isso.
O momento inevitável chegara e mesmo com um exército de quase uma centena ainda foram pegos desprevenidos.
Números incontáveis, devido ao escuro, de bokoblins invadem a aldeia em cinco pontos, a maioria pelo sul, leste e sudoeste, se aproximando de várias tendas.
Embora pareçam muitos, apenas cerca de 30% de todas as tropas bokoblin estão nas redondezas da mata, entrando na aldeia pelas plantações de trigo e matas próximas em grupos de 3 ou 4 Bokoblins Golpeadores.
http://pt-br.antiga.wikia.com/wiki/Bokoblin
Indivíduos sozinhos podem ser encontrados perto do rio, estes são Bokoblins Disparadores, armados apenas com estilingues e seguidos por um ou outro golpeador.

O goron Dwar erguia a cabeça quando Midnite ainda estava na barraca. Entre o tempo dela ser atacada e o zora Jino começar a berrar, Dwar estava a meio caminho de sua parceira e capitão, com sua maça em mãos.
Rumo ao Bokoblin que acertara a lamparina, Dwar deu-lhe um empurrão com os ombros, em sua fúria goron, não o machucando, mas apenas pondo-o de fora de seu caminho, pois o alvo era a proteção do hylian caído, pisoteado por dois inimigos.
Não que Dwar se importasse com soldados feridos, mas um soldado desmaiado ou morto queria dizer um inimigo potencialmente mais vivo.
Na finalização de seu destino, apenas teve manobra para girar a maça, descrevendo um raio horizontalmente para a direita, golpeando o tórax de cada um dos invasores. Um grito agudo de dor foi ouvido, mas ele não deu atenção, apenas pôs a mão livre da maça no peito do hylian: nenhuma sensação.
Mesmo que um coração ainda batesse, as grossas mãos de um goron não seriam capazes de sentí-lo.

Este concordou com seu turno para vigia, foi para a tenda onde descansaria, onde dormiu por algumas poucas horas, logo foi acordado pela luz de uma lamparina, algo bom não devia ser, levantou-se, e saiu da tenda, sacando sua arma, procurando algum sinal, logo, uma luz se moveu rapidamente, logo um grito.

— Ataque!!! Começou!

Rápidamente procurou a origem do grito, e viu Midnite e Link, e alguns seres estranhos a frente, correu para a direção deles, mas logo fora interrompido, devido a dois Bokoblins a sua frente, com seu florete em mãos, avançou sobre um deles, feriu-lhe o braço, o outro devolveu o golpe, com uma batida nas costas, provocando um ferimento não muito grave, virou-se para esse e tentou lhe aplicar golpes, conseguiu um ou dois cortes na criatura, e antes que pudesse aplicar um último golpe, foi atingido na cabeça por uma pedra pequena, atirada por um terceiro bokoblin a alguns metros.

— Que maneira de começar a noite. — Resmungou, passando a mão livre sobre a cabeça, tentando aliviar a pequena dor.

Preparado para atirar a segunda pedra, um pouco maior agora, o Bokoblin foi atingido em cheio, por uma flecha, vinda de um dos Ordonianos já alerta com a invasão. Livre do terceiro Bokoblin, Endrance chutou o Bokoblin a sua frente, e conseguiu perfurar o abdomen deste com seu florete, desprotegido o segundo Bokoblin lançou-se em cima deste, dando alguns socos no Twili, onde fosse possivel.

A essa altura muitos soldados já estavam alertas e gritavam anunciando o ataque e dezenas de Bokoblins corriam pelo acampamento.

Midnite descartou a lamparina. Não era sua mesmo.
Preferiu saltar contra o bokoblin desatento pelo goron em velocidade, descrevendo-lhe uma marca vermelha próxima da nuca.
Mesmo que sua cimitarra fosse muito bem afiada, não foi capaz de sangrar o invasor, apenas lhe causou um vergão na pele. De qualquer modo, Midnite sentiu a expressão de dor nos olhos amarelados da criatura.

Após seu golpe quase saltitante, Midnite passou o olhar pela mão do bokoblin, onde o cabo de uma espada de madeira, mas muito mais larga que sua própria cimitarra, encontrava as mãos azuis fortes da criatura.
Ela pensou consigo mesma: "Um golpe desse cara com essa espada deve doer bastante. Acho melhor não baixar a guarda como contra aquelas plantas."

OFF escreveu:Proponho um tema para o combate campal durante a noite:
http://www.newgrounds.com/audio/listen/173680

Endrance agarrou o braço do Bokoblin antes desse desferir o proximo golpe, e com um tremendo esforço conseguiu arremessar esse Bokoblin no chão a sua frente, antes deste se der conta que já estava no chão, já tinha os pés do Twili em seu peito e o florete penetrando em seu pescoço. Teria feito a sua primeira vitima nessa guerra, mas não havia tempo para comemorar, mais Bokoblins estavam chegando, não esperou por estes, correu para onde seu capitão, Midnite e Dwar estavam.


— Precisam de ajuda aqui?


— Avise os homens... — O Capitão Link interrompeu sua fala ao arremessar um Bokoblin, empurrando-o com seu escudo. — ...Que isso não é uma guerra, é uma força de resistência, até os exércitos chegarem. Não vão muito longe. Devemos protegor nosso setor.



Endrance já sabia disso, não pretendia perder muito tempo matando Bokoblins, apenas enfraqueceria-los e abateria-los, para mata-los ao amanhecer, ou quando as coisas estivessem mais calmas.

A gritaria acordou-a, de repente, o que a assustou. Não que não estivesse ciente do que estava acontecendo, sabia que os Bokoblins haviam chegado. Ela não esperou muito tempo, sacou seu florete e saiu da cabana, apressada. Os Bokoblins estavam por toda a parte, eram vários. Percebera, por relance, aqueles que estavam com ela até pouco tempo atrás. Alguns sofriam para deter as criaturas, outros, caiam sobre o ataque destes. O Hylian morto ao chão chocou-a um pouco, ela não estava tão acostumada – Para ser exata, esta seria a primeira luta de verdade que a Hylian nobre teria. Seus olhos encolheram-se, onde ela manteve-se parada, por um pequeno tempo, mas suficiente para a atenção de dois Bokoblins batedores se virarem para ela. Eles gritaram, enquanto avançavam.
— Ouch!
Um deles partiu para o ataque, num corte lateral com sua espada Deku. Eáráne foi rápida o suficiente para defender-se utilizando-se do florete. Afastou-se e chutou, com toda a força que conseguiu, a mão que seguarava a espada Deku do Bokoblin. Ela vôou longe. Aproveitou-se, e então, com a mesma perna, empurrou-o, que caiu sobre o outro, que estava um pouco atrás deste. Perfurou profundamente as pernas das duas criaturas. Parecia perfeito, assim, difícil seria a locomoção. Observou, de relance, o capitão e os outros que estavam junto dela, reunidos. Estaria interessada em participar, isso se não tivesse sido acertada com o cabo de uma espada Deku, na cabeça. Ela cambaleou para frente, graças a força, mas não chegou a cair. Doeu. Quando virar-se ia para contra-atacar, a espada Deku passou de raspão sobre o rosto da Hylian. O corto não foi profundo, mas mesmo assim, era um corte, e também doía. Suas sobrancelhas recairam, numa irritação. Era outro Bokoblin, um terceiro, que provavelmente estava a estreita.
— Droga!
Ela bufou, e retrucou em um corte frontal. Fincou a ponta do florete no tronco do Bokoblin, e em seguida na mão, que em resposta, soltou a espada Deku. Outros golpes, e o Bokoblin estava desacordado – Na verdade, morto, mas ela não se deu ao luxo de verificar.

As luzes nas casas começaram a se acender junto com os barulhos, clareando o escuro da luta.
Midnite desferiu um golpe nas pernas de seu bokoblin mais próximo, fazendo-o cair e assim ganhando tempo para correr.
— Vamos ficar perto das barracas. Cada grupo poderá cobrir o outro assim!
Não era estratégia, apenas a obviedade do instinto de sobrevivência, ainda não esquecido pelos twili, como a avó de Midnite sempre dizia.

A corrida até a barraca levou alguns poucos invasores juntos, atrás da twili corredora, até que fosse derrubada com uma estilingada na testa, vinda de algum lugar escuro.
Nozes Baba eram bem duras quando secas e com certeza dão ótimos projéteis de estilingue de guerra, mais perigosos que socos certeiros.
Midnite tropeçou e caiu na grama baixa perto da trilha. Uma casa ao seu lado dava as costas à sua barraca, onde Eáráne derrubava algumas vítimas.

Ainda no chão, Midnite viu seus perseguidores, agora três Bokoblins. Não via mais o atirador. Uma vítima fácil, ali caída, não teve outra alternativa: fechou os olhos e os apertou com as pestanas bem forte, tentando se lembrar de uma magia, ensinada pela sua mesma avó. As instruções de seu ritual mental lhe vieram em forma de ondas d'água numa represa estourada, até que uma palavra se tornou lúcida.
Pirocinese.

A casa mais próxima de sua tenda acendeu uma luz ao zora, não pelo seu pedido, mas por ordens anteriores de Bo.
Jino sorriu ao se lembrar que nunca acreditou em coincidências. Nem acreditaria, apenas parava e pensava nisso, durante essas ocasiões.
Olhou ao redor e viu os arqueiros procurando suas aljavas, lanceiros zoras descartando os elmos e os gorons lutando sem armas. Não era o único pego desprevenido. Como agora.

Uma dor aguda e penetrante tomou conta de seu braço esquerdo. Ao olhar em sua direção, viu a cartilagem caída de sua barbatana braçal e um vulto de espada ainda em movimento, sob uma sombra inesperada.
Um bokoblin havia golpeado em cheio o braço do zora, fazendo-o até perder seu punhal.
— VOCÊ QUEBROU MINHA BARBATANA!!! — Erguendo-se com uma cabeçada seguida do punhal direito, em forma de estocada, Jino contra-atacou o infeliz bokoblin que nunca quebrara a cartilagem de algum zora antes.

Dwar ouviu seu capitão concordar em voltar até a barraca, mas ele queria golpear mais bokoblins.
Virou para o bokoblin do meio, dos três que cambaleavam para trás após seu golpe anterior, e o agarrou a cabeça com sua mão grandiosa, maior que a cabeça das criaturas azuis. Ele a ergueu e surrou dois golpes com a maça em seu estômago, um de raspão e outro bem forte e mirado.
Mas se viu obrigado a soltar o bokoblin de face inchada, pois os dois inimigos haviam se recuperado e saltavam contra o goron, em golpes mal calculados.
Talvez ficar ali sozinho ainda não fosse o ideal.
— Estou indo-goro!

OFF:
Se minha arma tira 2 ou 3, e cada Bokoblin tem uns 25, são cerca de 10 golpes. O primeiro deve estar com 18 e os demais com 21, ou seja, sem danos maiores.
Eles têm mais Pontos de Vida que um Goron!