Uma Lenda de Zelda

287 da Segunda Era

A Segunda Era surgiu em Hyrule juntamente com o Sol da Alvorada de Vitória da Aliança Hyruleana durante o fim da 3ª Grande Guerra.
Por sete longos anos, o Senhor do Escuro, Ganondorf, reinou sobre praticamente toda Hyrule, mas fora finalmente derrotado da última noite de sua era. Banido pelos Sábios e o Herói do Tempo pouco antes do nascer do sol da nova era.
E foi uma era de ouro, toda Hyrule se refez após as ruínas da guerra.
Nem mesmo a guerra civil em meados de 281 diminuiu o brilho da era próspera que estava acontecendo.
O mundo estava em paz, mas isso não era motivo para baixar as defesas e destitular as tropas de soldados. Na verdade, assim como após toda tempestade vem a calmaria, essa se revela apenas uma tomada de fôlego para a próxima época de trevas e sangue. Sempre fora assim na história dos mundos, e sempre será.

O atual ano não é 287, mas a pouco fora. Pois durante o início de verão daquele ano, as coisas começaram a mudar, embora poucos tivessem percebido.
Apesar dos cinco mundos, como são conhecidos Hyrule, Termina, Lumina, Twilight e Sacred Realm, serem separados uns dos outros, as estações ocorrem ao mesmo tempo neles e seus efeitos são proporcionais, não semelhantes, mas naquele verão, três criaturas que deveriam estar mortas, reapareceram para guiar o mundo rumo a Quarta Grande Guerra.

- - - - -

Nossa história começa nas últimas semanas de 286.

Prólogo - A Última Prisão

286 da Segunda Era - Algum lugar no deserto

Vozes espectrais e ritualísticas eram ouvidas em meio a um ruído ofegante, não de dor, mas de fúria e sede de vingança.
O salão não possuía concreto como teto, mas sim um sol oculto por nuvens de inverno. O clima era agradável, incomum para o deserto.
Ao centro, fronte a uma grande rocha negra completa com inscrições cravadas em alguma linguagem desconhecida e muito antiga estavam seis figuras pálidas de brilho levemente dourado, pareciam fantasmas diurnos refletindo sobre o próximo passo.
Sua atenção era o prisioneiro, acorrentado numa estátua prateada em formato de colunata. Sua pele era escura com um toque de vermelho. O sangue Gerudo era inegável, e sua força masculina também. Aquele era digno do título Rei-Gerudo. Apenas um como ele nascia a cada século para reinar sobre o resto de seu tipo.
Era de praxe que todos perdessem suas vidas em pequenas guerras contra o Reinado Hylian, mas aquele indivíduo era diferente. Já conseguira reinar sobre os reis de outrora. Nem sequer tinha um século, era quase milenar seu espírito.
Seus movimentos e força quase divinas eram bloqueados por um lacre mágico.
A espada de prata Mudorah era um dos últimos artifícios usados para conter alguma criatura. Uma arma muito poderosa, evitada ao máximo. Aqueles que o observavam era os Sábios da última era, re-despertados como Mudorah, seres superiores guardiões da magia.